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Ta na Vitrine …BURBERRY

  • marco a chavez
  • 5 ene 2015
  • 7 Min. de lectura

Chic e sinonimo de elegancia o xadrez mais famoso do mundo aparece em biquínis, sungas, maiôs, bonés, cintos, gravatas, bolsas e outros acessórios, além é claro dos tradicionais casacos, conhecidos como trench coats.


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FOTO : divulgacao vitrine da Burberry Aventura Mall Miami FL




Para quem não conhece a aristocrática inglesa BURBERRY, uma boa introdução, é saber que a marca é responsável pelo desenvolvimento da gabardine. É a marca que saiu da chuva para os desfiles de moda no segmento de luxo e conquistou consumidores elegantes em todas as partes do mundo.

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FOTO : divulgacao Burberry

O ícone

A BURBERRY não seria a mesma se não fosse seus tradicionais casacos em gabardine, a mais pura representação da elegância britânica. E no coração do tradicional trench coat da BURBERRY está a gabardine, tecido inventado em 1879 por Thomas Burberry. O tecido impermeável revolucionou os casacos. Recebeu tripla proteção contra água, enquanto os espaços abertos na costura permitiam ventilação. Oferecendo ampla proteção contra climas extremos, os casacos da marca foram usados pelos primeiros exploradores dos polos e pelos pioneiros da aviação. Depois, conquistaram os militares. A partir da década de 1920 ganharam as ruas e, posteriormente conquistaram o mundo da moda. Hoje em dia, mais de 100 processos individuais são necessários para confeccionar um trench coat da marca inglesa. O mais elaborado deles é a costura á mão do colarinho, exclusiva da BURBERRY. Levando até um ano para aprender a técnica, o artesão deve fazer mais de 180 pequenas costuras no colarinho para criar uma curva fluida que se posiciona perfeitamente no contorno da gola. Protegendo o casaco dos elementos, o cinto é uma das marcas icônicas da peça e completa sua silhueta exclusiva. O cinto possui quatro linhas de costura para mantê-lo firme e estruturado, enquanto as argolas em D de metal fazem referência a sua tradição e foram originalmente utilizadas para carregar equipamentos militares, como por exemplo, granadas.

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FOTO : divulgacao Burberry


Cada casaco é forrado com o tradicional xadrez da marca nas clássicas cores camel, marfim, vermelho e preto. Cuidadosamente confeccionado e cortado, o forro é costurado de forma a assegurar que o xadrez esteja simétrico. Cada linha do design permanece contínua, demonstrando a excelência da alfaiataria da BURBERRY no interior e exterior da peça. O tradicional casaco da grife inglesa está disponível em três cortes nas três cores clássicas: mel, areia e preto. Antigamente, a BURBERRY tinha somente um punhado de modelos do tradicional casaco: quase todos eram beges com forro xadrez. Nos dias de hoje, a marca oferece 300 itens distintos — de capas e jaquetas curtinhas ao clássico impermeável em uma série de cores e estilos vibrantes, com detalhes como gola de vison, dragonas de couro de jacaré e mangas de couro com tachas.



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FOTO : divulgacao Burberry


A história

Tudo começou em 1856 quando o jovem Thomas Burberry, então com apenas 21 anos, abriu uma pequena e modesta loja em Basingstoke, Hampshire, na Inglaterra, especializada em roupas para atividades esportivas, como a caça e a pesca. O jovem aprendiz de tecelão se preocupava muito com a qualidade de suas peças, que ganharam a confiança dos ingleses e transformaram sua loja em um grande empório em menos de 20 anos, que atendia principalmente a rica e sofisticada clientela da região. A inovação veio com a criação da gabardine em 1879, um tecido impermeável, respirável e extremamente resistente para dias de chuva, que virou matéria-prima de capas de chuva e da indumentária para facilitar a vida de exploradores e esportistas. O tecido impermeável, macio e chique caiu perfeitamente bem sobre a chuvosa Inglaterra e ainda como opção para o lazer no campo e no mar, tão comum entre a aristocracia da época. A invenção seria patenteada em 1888. Pouco depois, em 1891, com o nome de Thomas Burberry & Sons a empresa inaugurou uma nova loja na região de West End em Londres. Devido á praticidade da gabardine, em 1895, Thomas foi “convocado” pelo exército britânico para desenvolver um casaco para os oficiais, que seria o antecessor do trench coat (em inglês, casaco de trincheira). Era o surgimento da famosa capa de chuva, adaptada ao estilo militar. Em 1909, a marca inaugurou sua primeira loja em Paris, ingressando assim na “capital da moda”.


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FOTO : divulgacao Burberry

Em 1911, equipados com barracas e casacos desenvolvidos pela BURBERRY, o explorador norueguês Roald Amundsen e sua equipe se tornaram os primeiros a chegar ao Polo Sul. No ano seguinte foi patenteado o casaco Tielocken, antecessor do trench coat, que possuía fechamento simples com cinto e fivela, e apenas um botão na gola. Em 1914, a empresa foi comissionada pelo escritório de guerra para adaptar o antigo casaco dos oficiais para combate. Adicionou as dragonas para exibir as patentes dos oficiais, a aba sobreposta no peito oferecia maior proteção, enquanto o protetor contra chuva na parte superior das costas garantia que a água não entrasse em contato com o corpo, e ali nascia o verdadeiro trench coat, um casaco extremamente quente e resistente, que durante a Primeira Guerra Mundial foi vestido por meio milhão de soldados britânicos, fato que ajudou a aumentar sua popularidade. Até o final da década, a BURBERRY viu seus tradicionais casacos equiparem exploradores, pilotos de aviões e esquiadores. Em 1919, o rei George V se tornou fã da marca e contribui para sua popularização.


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FOTO : divulgacao Burberry


Nos anos de 1920, o tecido xadrez (bege, preto, vermelho e branco), introduzido em 1924 e logo depois patenteado, que é marca registrada da BURBERRY, passou a ser utilizado no forro desses casacos. O trench coat, forrado com tecido xadrez, ganhou as ruas, se atrelando cada vez mais a um conceito de elegância, que vestiu de políticos a estrelas de cinema, como quando foi utilizado pelos atores Humphrey Bogart e Ingrid Bergman no mítico filme Casablanca, ou ainda vestiu a dupla Audrey Hepburn e George Peppard na inesquecível cena final de beijo sob a chuva em Bonequinha de Luxo. Em razão da importância da marca no mercado britânico (e mundial), em 1955, a BURBERRY foi condecorada com uma Royal Warrant (uma menção honrosa dada a comerciantes e marcas) pela majestade Rainha Elisabeth II. Também neste ano, a marca foi comprada pelo grupo Great Universal Stores (GUS). Já em 1989, a marca se tornou fornecedora oficial do Príncipe Charles, futuro rei da Inglaterra.


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FOTO : divulgacao Burberry


A marca começou sua internacionalização na década de 1970, quando uma loja âncora foi inaugurada em plena Manhattan. Mas nem tudo foi glamour na história da tradicional marca britânica. Na segunda metade do século XX, a marca em si ficou perdida no acelerado mundinho fashion e relacionada a um público acima de 50 anos. A clientela da marca BURBERRY dividia-se entre velhinhas de bochechas rosadas e turistas japoneses de passagem pelo Reino Unido. As lojas mais sofisticadas nem sequer tinham estoque de seus produtos e a empresa parecia condenada a uma caretice eterna. Mas, a reviravolta começou em 1997 quando a empresa GUS (que detinha a maior parte das ações da empresa) convidou a americana Rose Marie Bravo, então presidente da tradicional loja de departamento Saks Fifth Avenue, para ser a principal executiva da marca. A partir dali, se iniciou o processo de criação de uma nova imagem: uma BURBERRY totalmente fashion. Uma de suas principais providências foi recrutar Roberto Menichetti, ex-estilista da Jil Sander para comandar a criação das novas coleções da marca britânica.


Em 1998, ele desenvolveu uma linha de vestuário chamada BURBERRY PRORSUM (mesmo nome que aparece na bandeira do símbolo da marca), que possuía produtos com valor um pouco mais caro, misturando estampas e cores, sobrepondo peças, embaralhando o clássico com o novo. Outra providência da executiva foi contratar o fotógrafo Mario Testino para cuidar das campanhas publicitárias e recrutar Kate Moss, a modelo que tem uma das imagens mais valiosas do mundo da moda, para ser a garota-propaganda da marca, que causou furor ao aparecer de biquíni em uma das campanhas. Resultado: sem perder os tradicionais compradores, a faixa etária do público-alvo mudou de 50 para 30 anos. Ou melhor, se expandiu: agrada de avós aos netos e também à quarta geração da família, já que a marca começou a desenvolver sua linha infantil e baby. Mas o time só ficou completo em 2000 com a chegada do estilista britânico Christopher Bailey, vindo do Grupo Gucci. Foi neste mesmo ano que a marca resolveu implantar a estratégia de inaugurar novas e sofisticadas lojas em várias cidades do mundo, como por exemplo, Los Angeles, Düsseldorf, Berlim, Barcelona e Nova York.

Nas próximas coleções, o estilista introduziu visuais mais casuais, adicionando um fulgor boêmio à herança de design da famosa marca britânica. Contrabalançar a tradição da marca com uma estética moderna foi essencial para a consolidação da BURBERRY no segmento de luxo. É verdade que as roupas dos desfiles vendem pouco, mas servem de inspiração para as linhas efetivamente rentáveis, como por exemplo, a BURBERRY LONDON, coleção mais extensa e popular, a alfaiataria contemporânea da BURBERRY BLACK LABEL até a casual BURBERRY BRIT, que não existiam antes de Rose Marie assumir a presidência da empresa, assim como bolsas, óculos de sol, sapatos, lingeries sensuais, linha infantil e até cobertores para cachorros. Além disso, linha de perfumes, jeans, camisaria e básicos produzem visuais irreverentes.

O grande mérito da dupla Rose Marie e Bailey foi pegar um produto empoeirado, mas com pedigree, sacudi-lo e reinventá-lo em uma linguagem jovem e moderna – sem perder um pingo sequer da elegância britânica. O resultado: o xadrez mais famoso do mundo agora aparece conectado a figuras como Kate Moss, Madonna, Liam Galagher, vocalista do Oasis, além da atriz Emma Watson, que foi modelo da BURBERRY por um bom tempo, e devido ao seu sucesso nos filmes de Harry Potter influenciou os mais jovens a se interessar pela marca britânica. Em 2005 a marca britânica iniciou vendas através de seu comércio eletrônico nos Estados Unidos. No ano seguinte disponibilizou as vendas online para o Reino Unido e em 2007 para toda a Europa. Recentemente a marca voltou a estar em evidência: a bolsa Knight Bag, em couro preto, salpicada de metal na superfície e fecho lateral com chave já foi vista nos braços de Cameron Diaz, Jessica Alba e da modelo britânica Agyness Deyn, se transformando em objeto de desejo das ricas e famosas. Foi assim que a centenária grife inglesa transformou a capa de chuva em ícone fashion, conquistou o mundo com sua inconfundível estampa xadrez e assegurou seu lugar entre as marcas mais valiosas do mundo.

Fica a dica e um poquinho de historia ...


 
 
 

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